terça-feira, 30 de março de 2010

Sarau homenageou Historiador e Pai dos Saltenses

Ettore Liberalesso - foto de Carolina Padreca Dr. Barros Junior - por José Roncoleta

Na noite de 23 de Março, no Auditório Maestro Gaó (pseudônimo de Odmar do Amaral Gurgel) - que faz parte do Conservatório Municipal Maestro Henrique Catellari - houve a realização de mais um Sarau na Quinta. Esse evento é promovido sempre nas últimas quintas-feiras de vários meses durante o ano pelo Espaço Cultural Barros Junior. Excepcionalmente o evento ocorreu numa Terça-feira. E, devido ao fato do prédio do Espaço Cultural estar passando por reforma, o XX Sarau na Quinta teve sua realização no citado auditório. Quinta também é uma denominação para lugar, sítio, morada. É, além do dia da semana em que costumeiramente ocorre o Sarau, uma homenagem à antiga morada de Barros Junior, o "Pai dos Saltenses".

No mês de Março, em comemoração ao aniversário de seu nascimento que é dia 17 desse mês, sempre se faz uma homenagem ao "Pai dos Saltenses", Francisco Fernando de Barros Junior, Engenheiro Civil, que muito auxiliou os saltenses nas áreas de política, saúde, artes, cidadania, informação, promovendo um grande desenvolvimento da localidade. Passou a ser conhecido como Dr. Barros Junior e o Espaço Cultural que leva seu nome deve essa reverência em função desse entusiasta ter sido também de grande auxílio ao antigo "Grêmio Musical Saltense" - que passaria em outras épocas a ter a denominação de "Corporação Musical Saltense". Barros Junior patrocinou a banda musical comprando instrumentos, contratando Maestro e dando emprego em sua recém instalada tecelagem para os músicos poderem se sustentar. Isso ocorreu no ano de 1880 sendo que a banda havia sido formada em 24 de Dezembro de 1878 - e em 1919 iniciou-se a construção do prédio do atual Espaço Cultural pela Corporação. No entanto, como rapidamente escrito, a atuação de Barros Junior estendeu-se por diversos campos e teve aliás preponderante atuação no episódio do controle da varíola numa época de surto no final do século XIX e em outros fatos como o desenvolvimento e a emancipação do município de Salto.

O outro homenageado da noite foi o Historiador Ettore Liberalesso, que completa 90 anos em 31 de Março. Esse homem foi o grande compilador e registrador dos fatos históricos saltenses por muitas décadas. Poucos são os que se ocuparam de fazer o registro da História de Salto. Pode-se citar, além de Ettore, Luiz Castellari, que foi quem primeiro se ocupou dessa atividade e mais recentemente Laise Corti com um livro sobre a extinta tecelagem Brasital, Marcio Magera Conceição com CD-ROM e Elton Frias Zanoni, sendo este último também historiador do Museu de Salto. Outros registros são feitos por jornalistas e cronistas da cidade.

Além das atividades de historiador Ettore participa ativamente de atividades culturais, sociais e religiosas ainda hoje. Incansável e estimulante exemplo a ser notado por todas as gerações que por aqui passarem. Publicação pormenorizada sobre suas contribuições com a cidade será feita em postagem futura bem como outra sobre o Dr. Barros Junior.

Sobre o Sarau e suas atrações registra-se que houve apresentações de Músicas de entrada/recepção, Músicas de Compositores do Médio Tietê (ou seja, de compositores da região de Salto e cidades próximas) acompanhadas de Poesias, e ainda apresentações de Dança e Teatro. Também ocorreu palestra pronunciada por Valderez A. da Silva, Secretário da Cultura e Turismo da cidade que fez um grande paralelo entre a vida e obra do Dr. Barros Junior e de Ettore Liberalesso passando pelos aspectos culturais, sociais, históricos, ambientais, educacionais e mesmo fazendo referência da importância que o Brasil inclusive está tendo no cenário mundial; verdadeira aula pois contava com a experiência, conhecimento e capacidade de comunicação desse Secretário que também já lecionou. O público presente em sua maior parte foi composto de alunos e professores de diversas unidades do Centro de Educação Municipal de Salto (CEMUS). Contou ainda a noite com a apresentação de um vídeo sobre Ettore e a entrega de um quadro para esse homenageado com seu retrato.

• Cobertura com informações, fotos e vídeo da noite pode ser conferida no Portal "O Trampolim" em: Sarau uniu música, dança, teatro e pintura

Crédito das imagens:
• Foto de Ettore Liberalesso / divulgação (evento da ASLe - Academia Saltense de Letras) - Carolina Padreca
• Quadro do Dr. Barros Junior - José Roncoleta "Lubra" - Acervo do Museu da Estância Turística de Salto

Arlindo G. Nicolau - Artista Plástico, Designer Gráfico, Webdesigner e Educador. Estudou Artes Plásticas e Pedagogia na Unicamp. Colabora com o Espaço Cultural Barros Junior e com o Fórum Permanente de Cultura de Salto/SP.

domingo, 21 de março de 2010

Relatos de um Delegado da II CNC

A Segunda Conferência Nacional de Cultura - ocorrida em Brasília - contou com Delegados (representantes) Culturais e um destes que já havia representado Salto na Conferência Estadual de Cultura foi eleito nesta última para representar o Estado de São Paulo. A seguir, seu relato:

Conferência Nacional de Cultura"Chegar a Brasília de avião, com a possibilidade de avistar cá de cima o desenho exato de um outro avião lá em baixo, retirado da prancheta de um arquiteto que, há pouco mais de 50 anos, imaginou que o país merecia uma capital que simbolicamente alçasse um vôo inexorável rumo ao progresso e ao desenvolvimento, é, por si só, uma experiência emocionante.

Impossível não me recordar das palavras da jornalista Neide Duarte para o projeto FRUTOS DO BRASIL: “De avião para avião, nos olhamos. Assim é que enxergamos a cidade. Assim é que chegamos a Brasília”. Pois bem, manhã de 11 de março. Chego para a II CNC (Conferência Nacional de Cultura).

Brasília se me apresenta avassaladoramente bela em suas linhas, retas ou curvas, parecendo uma revolucionária obstinada a nos fazer lembrar que o vôo imaginado e desenhado na prancheta do arquiteto visionário nada tem de impossível. Basta atentarmos para a nossa brava gente que, teimosamente, insiste em acreditar que o país pode, sim, se tornar uma nação. E para Brasília acorreu, formando um exército de mais de 1400 delegados, contabilizados convidados, setoriais, conferências municipais, estaduais e livres. Uma babel de sotaques, ritmos, pulsações, vestuários, cores e raças. Uma gente bonita, diversa, plural.

Na abertura oficial, concorridíssima, as presença luxuosas do presidente e de diversos ministros de estado, dando a medida certa da importância que a Cultura ganhou na agenda política – tomara, definitivamente. No quesito atrações artísticas, esse delegado saltense destaca a apresentação especialmente comovente do artista multicultural Antonio Nóbrega, modelo exemplar de quão inócua é a discussão que propõe antagônicas as culturas popular e erudita, e que foi capaz de tirar lágrimas abundantes ao transformar Johann Sebastian Bach, alemão, em João Sebastião Ribeiro, brasileiro, traduzindo-o em passos de danças genuinamente brasileiros. Um deleite. Uma emoção.

Na primeira manhã dos trabalhos, uma plenária lotada assiste a palestra de um escritor e gestor público cultural português, Antonio Pinto Ribeiro, demasiada acadêmica, muito embora conceitualmente rica. Chico César, com seu jeito matuto e nordestino de ser, trata de colocar a CNC nos conformes, trazendo para a mesa a diversidade cultural brasileira e a importância das cidades no processo político e civilizatório.

À tarde, divididos por eixo, e na impossibilidade de acompanhamento de todos, participo do Eixo II – Cultura, Cidade e Cidadania. Tenho uma explicação para essa escolha: é nesse eixo que se encontram três das quatro principais pautas a que esse delegado se propôs defender, baseado na representatividade de Salto e de minhas labutas diárias, a saber: reconhecimento da participação da sociedade civil nos Conselhos Municipais, Estaduais e Federais de Cultura; validação do programa Cultura Viva; e atenção às políticas públicas voltadas para os deficientes. A quarta bandeira: a necessidade premente de inventariar-se e do registro de memórias culturais, infelizmente, constava de outro eixo. Restou conversar, em grupo ou individualmente, com delegados(as) do eixo desta proposta, na tentativa de sensibiliza-los. Ao final, ver-se-á que essa proposta tinha a simpatia de muitos, acabando por estar entre as 32 prioritárias da II CNC.

No terceiro dia, já em regime de defesa de propostas, as coisas realmente esquentam. É preciso capacidade de articulação e argumentos razoáveis de defesa ou reprovação. Nervosismos afloram. Há quem “viaje na maionese”, defendendo o indefensável ou o particular, em detrimento ao coletivo. Também há quem, em sendo “artista”, comporta-se como tal, como se em um “palco” estivesse e só restasse à platéia a certeza de que melhor fariam ter-se inscritos para a Mostra Artística, torcendo mais ainda para que tivessem suas propostas indeferidas, tamanho o mal gosto de suas performances. Paciência. Hora de respirar fundo e não perder o foco.

Depois de um dia intenso, quando somente 15 (de 60) propostas passariam para a plenária final, às 23h50 sai o resultado final do Eixo II. Cansaço, alívio e alegria: as três propostas estão na lista das aprovadas.

Não basta. Agora é hora da construção de uma forte defesa delas na plenária final. Mais articulações, conversas, divergências. A manhã de domingo, 14, último dia da II CNC chega. E com ela a certeza de que a hora é essa. Esse delegado tenta se desdobrar para participar das discussões dos grupos que defendem também as bandeiras iniciais. Sim, o inventariado e a memória também passaram.

Escrevo o texto de defesa da proposta 83, referente ao programa Cultura Viva e aos Pontos de Cultura. Participo da redação conjunta da defesa da proposta dos conselhos culturais e da questão dos deficentes. Infelizmente, não cnsigo me articular mais fortemente com o grupo que defende os inventários e a memória cultural.

Me emociono com a defesa que mãe Beth de Oxum (Olinda – PE), texto meu às mãos, faz da proposta 83. Efusiva e convincentemente, mexe com boa parte da plenária que, em pé, aplaude, ovaciona e canta, ratificando nacionalmente a importância dos Pontos de Cultura. Bingo. A proposta vence com 600 votos no final.

Igualmente emocionante é acompanhar a defesa da proposta 129, a que trata dos direitos básicos de acessibilidade, fruição e produção cultural dos deficientes. Tristeza. Certamente pela falta de um movimento mais participativo, numeroso e aguerrido, a proposta fica pelo meio do caminho e não passa.

Já as outras duas propostas, relacionadas aos conselhos e ao inventariado e memória, têm suas defesas baseadas em argumentos técnicos, racionais. Pouca emoção causa, mas obtém maioria e também passa.

Resultado final: 75% de aprovação. Três, das quatro propostas inicialmente defendidas, entre as 32 prioritárias. Saldo mais do que positivo.

Sinto-me em paz com a minha consciência. Penso na Conferência Municipal, nas pessoas que dela participaram. Relembro o boicote do governo estadual quanto ao transporte dos delegados paulistas. Um estresse. Felizmente, o governo voltou atrás, não em tempo de eu já ter conseguido a garantia de minha participação. Obrigado secretário da Educação, Wilson Caveden. Obrigado vice-prefeito, Juvenil Cirelli, Obrigado Poder Público municipal.

Vim. Duelei. Articulei. Falei. Ouvi. Vou-me embora enriquecido.

Impossível deixar de registrar a emoção de ver imagens ou de ouvir relatos de comunidades amazônicas que, pela importância creditada à sua identidade e sua cultura, passam três, quatro dias singrando rios em barcos pequenos, somente para poder garantir que seus conterrâneos, muitos deles habitando áreas longinquas e isoladas, possam ter o direito sagrado da manifestação cultural, seja em audiovisuais, cênicas, danças populares, griôs, circos, crenças, ou até mesmo simplesmente para a instalação de cornetas, espalhadas e fixadas em árvores nativas, para que toda a comunidade possa ouvir a programação diária de sua rádio comunitária. Ou a luta quase insana de uma delegada catarinense, lenço verde sobre a cabeça, escondendo o efeito devastador da quimioterapia, defendendo a sua cultura local, sem se esquecer da importância de ações mais abrangentes. Ou, ainda, o desapego de funcionários públicos graduados do Ministério da Cultura, despidos de vaidades, correndo para lá e para cá, tomando providências, várias delas braçais, para o bom andamento da II CNC.

Enfim, a II CNC acabou. Suas propostas prioritárias nortearão as políticas públicas culturais pelos próximos 10 anos.

Por fim, há vida, sim, para além da política intensa. Pessoas também se divertem, dançam, cantam, declamam poesias, bebem, se abraçam, se beijam, namoram durante a Conferência. Ainda bem."

Por Marcos Pardim

Arlindo G. Nicolau - Artista Plástico, Designer Gráfico, Webdesigner e Educador. Estudou Artes Plásticas e Pedagogia na Unicamp. Colabora com o Espaço Cultural Barros Junior e com o Fórum Permanente de Cultura de Salto/SP.

segunda-feira, 15 de março de 2010

II Conferência Nacional de Cultura elege 32 prioridades para o setor

Plenária finalA seguir transcrição de matéria de Mariana Ramos publicada no Blog do Ministério da Cultura sobre a II Conferência Nacional de Cultura:

"Após três dias de debates, os participantes da II Conferência Nacional de Cultura (CNC), realizada em Brasília, elegeram as 32 prioridades que nortearão as políticas públicas para o setor. As prioridades setoriais foram aprovadas por unanimidade no plenário pela manhã.

Presente ao Centro de Convenções e Eventos Brasil 21 durante os trabalhos na tarde deste domingo, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, reafirmou o grande mérito da Conferência: promover o acesso de todos à discussão e formulação das políticas públicas. “A democracia e a inclusão têm sido uma grande preocupação do governo e do ministério da Cultura”.

As prioridades eleitas serão tratadas uma a uma, de acordo com sua natureza. Algumas poderão servir para incrementar políticas públicas já existentes, outras devem se transformar em projetos de lei para envio ao Congresso Nacional ou, ainda, integrarem ações interministeriais de estímulo a áreas afins, como cultura e educação, por exemplo.

Ao todo, foram analisadas 347 propostas pelos participantes da conferência, dentre os quais artistas, produtores culturais, investidores, gestores e representantes da sociedade de todos os setores da cultura e de todos os estados do País. Dos 883 delegados credenciados, 851 votaram por meio de cédulas nas propostas prioritárias.

A aprovação do marco regulatório da Cultura, que já tramita no Congresso Nacional, foi a proposta mais votada. O marco é composto principalmente pelo Sistema Nacional de Cultura (SNC), Plano Nacional de Cultura (PNC) e proposta de emenda constitucional (PEC) 150/2003, que vincula à Cultura 2% da receita federal, 1,5% das estaduais e 1% das municipais. A proposta também explicita o apoio à aprovação do Programa de Fomento e Incentivo à Cultura (Procultura), que atualiza a Lei Rouanet.

“A Conferência aponta a urgência de se construir um marco regulatório para a cultura brasileira. É uma demanda legítima da sociedade, que prioriza a agenda cultural em todas as esferas de governo. É um grande passo para fortalecermos definitivamente a importância das políticas culturais para o desenvolvimento sustentável do país”, explica a coordenadora executiva da Conferência, Silvana Meireles.

Os debates da Conferência seguiram cinco eixos temáticos: produção simbólica e diversidade cultural; cultura, cidade e cidadania; cultura e desenvolvimento sustentável; cultura e economia criativa; gestão e institucionalidade da cultura.

Entre os destaques estão a formalização do trabalho na cultura, o incentivo ao ensino de arte nas escolas, o reconhecimento de um “custo amazônico” como fator que onera as iniciativas culturais devido a questões geográficas e logísticas da região – a ser incluído em editais de novos projetos -, a ampliação do acesso à internet e a necessidade de reformulação da Lei de Direitos Autorais. O marco legal para os Pontos de Cultura e a Lei Griô Nacional também estiveram entre as propostas mais votadas.

“Esse é um momento de afirmação da cultura. Esse tema não será mais subalterno. Claro que todas as outras pastas são importantes, mas nada se realiza sem cultura”, afirma Juca Ferreira, ressaltando que neste ano o ministério terá orçamento recorde, o equivalente a 1% do total de impostos arrecadados pela União.

Pré-conferências

Todos os estados realizaram suas conferências, elegendo 743 delegados ao todo. Mais de 200 mil pessoas estiveram diretamente envolvidas nas etapas estaduais e municipais. Novidade nesta edição, as conferências setoriais – 143 no total – tiveram 3.193 inscrições de candidatos a delegados. Além de deliberar, esses encontros têm o objetivo de estimular a criação e o fortalecimento de redes de agentes e instituições culturais do País.

I CNC

Em sua primeira edição, em 2005, 1.192 municípios realizaram conferências, o que representou 21,42% do total das cidades brasileiras. Nesta segunda Conferência, nas etapas municipais e estaduais, observou-se um significativo avanço no processo participativo, uma vez que, de agosto a outubro de 2009, aconteceram 3.071 reuniões, ou seja, mais da metade do total dos municípios do País estiveram envolvidos.

Conheça as 32 propostas prioritárias

Confira as 95 prioridades de 19 setores artístico-culturais

Pontos de Cultura e Ação Griô entram nas propostas prioritárias"

Matéria: Mariana Ramos/MinC (publicada em 14/03/2010 e atualizada - no Blog do MinC - às 11h13 de 15/03/2010)

in: http://blogs.cultura.gov.br/cnc/2010/03/14/conheca-as-32-propostas-prioritarias/

(Postagem atualizada aqui neste Blog às 21h31 de 15/03/2010)

Arlindo G. Nicolau - Artista Plástico, Designer Gráfico, Webdesigner e Educador. Estudou Artes Plásticas e Pedagogia na Unicamp. Colabora com o Espaço Cultural Barros Junior e com o Fórum Permanente de Cultura de Salto/SP.

Reunião Segunda-feira, 15 de Março de 2010


Tião Ribeiro convoca uma nova reunião para a noite de hoje, 15 de Março, 19h00, no Guarani.
Será tratato novamente a programação do dia 27 de Março, Sábado, 14h00. Também pode haver a discussão sobre o Regimento Interno (ou Estatuto - a definir) do Fórum Permanente de Cultura. Um terceiro assunto ainda gira em torno da Coordenação e Curadoria do Fórum. Um quarto assunto é sobre o Conselho Municipal de Cultura.
Aos que puderem comparecer, ficam os agradecimentos. Lembra-se que a participação é livre.

Arlindo G. Nicolau - Artista Plástico, Designer Gráfico, Webdesigner e Educador. Estudou Artes Plásticas e Pedagogia na Unicamp. Colabora com o Espaço Cultural Barros Junior e com o Fórum Permanente de Cultura de Salto/SP.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Reunião e Evento de Março


Nesta Segunda-feira, 08 de Março, 19h00, tem nova reunião do Fórum Permanente de Cultura de Salto, no Guarani.

Entrada aberta para os interessados em Arte, Educação, Cultura.

Será também conversado sobre o evento que ocorrerá em 27 de Março, Sábado; que congregará manifestações artísticas diversas e debates.

Arlindo G. Nicolau - Artista Plástico, Designer Gráfico, Webdesigner e Educador. Estudou Artes Plásticas e Pedagogia na Unicamp. Colabora com o Espaço Cultural Barros Junior e com o Fórum Permanente de Cultura de Salto/SP.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Última Entrevista de José Mindlin


No site da Livraria Cultura está a última entrevista concedida por José Mindlin.

O link é: http://www2.livrariacultura.com.br/culturanews/rc30/index2.asp?page=entrevista

Entrevista que faz uma retrospectiva leve sobre sua vida com os pais, esposa e filhos, e também com os livros - que neste caso iniciou-se desde que ele tinha "calças curtas": um termo que é devido ao costume, na época, de se vestir os garotos até certa idade com essa indumentária.

Arlindo G. Nicolau - Artista Plástico, Designer Gráfico, Webdesigner e Educador. Estudou Artes Plásticas e Pedagogia na Unicamp. Colabora com o Espaço Cultural Barros Junior e com o Fórum Permanente de Cultura de Salto/SP.

terça-feira, 2 de março de 2010

José Mindlin e a Brasiliana


Guita e José Mindlin
Morreu no dia 28 de Fevereiro de 2010, aos 94 anos, José Ephim Mindlin, que foi advogado, empresário e bibliófilo brasileiro.

Notoriamente conhecido pelo seu grande amor pelos livros e pela leitura teve sua vasta biblioteca pré-iniciada aos 13 anos de idade com uma edição do "Discurso sobre a História Universal", de 1740, escrito por Jacques-Bénigne Bossuet. Em 1927 ele passaria a adquirir mais e mais livros mas sem ter a pretensão de criar uma grande coleção.

Mindlin doou, juntamente com a esposa e filhos, em 2006, todo o acervo de livros sobre o Brasil e de literatura brasileira para a Universidade de São Paulo (USP). A biblioteca passou a ter o nome de "Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin" (Guita era o nome de sua esposa; falecida em 2006).

O acervo conta com cerca de 17 mil títulos (para alguns até 25 mil títulos - dependendo de onde se coleta a informação), ou cerca de 40 mil volumes. Existe um trabalho de digitalização (cópia através de escaneamento) feito pelo robô "Maria Bonita" (que recebeu esse nome por fazer par com o já instalado servidor "Lampião") sobre 2,4 mil páginas por hora - equivalente a 40 livros por dia. Tal equipamento é semelhante ao utilizado pela empresa Google em seu projeto Google Books (a versão brasileira é: Google Livros).

Mindlin também era fascinado por novas tecnologias e meios de transmissão de informação e, embora preferisse ler livros no formato tradicional, via com grande entusiasmo a possibilidade e realização das novas mídias (maneiras, meios) de promover a difusão da leitura - tanto que era grande incentivador do processo da digitalização da sua coleção.

Na página www.brasiliana.usp.br existe um vídeo mostrando um pouco da vida de José Mindlin. Nele ele conta que a leitura iniciada na infância - e ele incentivava, sempre que podia, muito as crianças nisso - será um grande estímulo para sua constância na vida; conta também sobre o carinho que sua esposa - também grande leitora - nutria por seu gosto sobre os livros incentivando-o a comprá-los quando ele próprio hesitava: "Eu nunca precisei entrar em casa com um livro escondido, como acontece com muito colecionadores.", diz.

O acervo e outras informações podem se conferidos em www.brasiliana.usp.br/index.php.

Nota: O link para a Biblioteca Brasiliana também está no menu "Sites sobre Cultura", neste Blog.

Crédito da foto: Lucia Loeb - (Guita e José).

Arlindo G. Nicolau - Artista Plástico, Designer Gráfico, Webdesigner e Educador. Estudou Artes Plásticas e Pedagogia na Unicamp. Colabora com o Espaço Cultural Barros Junior e com o Fórum Permanente de Cultura de Salto/SP.